Abel ainda mal sabia falar e já corria, serra acima, serra abaixo, à procura de pasto. Tosquiava, ordenhava, vivia e dormia no meio do rebanho, era certo e sabido que nascera para ser pastor, ainda assim, o que o deixava verdadeiramente feliz era... pintar.
Esta não é apenas a história de Abel, mas sim de dois mundos - A Cidade e a Serra - que viveram de costas voltadas durante várias décadas, até uma bola de fogo gigante ter pintado as montanhas de preto.
Uma história em que a Arte mostra a sua capacidade (quase milagrosa) de transformar as pessoas e a paisagem.
Texto de João Ferreira Oliveira e ilustrações de Margarida Esteves.
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